Excelente!
A reportagem ajuda os jornalistas a “caírem na real”. Mas serve para muitos outros trabalhadores que se acham donos do negócio, que exploram outros trabalhadores…
Nas relações entre o capital e o trabalho, ser competente para a empresa (leal, produtivo, criativo…) é imprescindível para manter a empregabilidade: as demissões fazem parte do jogo, mas a lealdade é recíproca.
Nessas relações, quando o foco é o lucro exacerbado, no mundo (neoliberal) do cada um por si, aí, sim, o trabalhador vira objeto.
“Vestir a camisa” de empresas que comungam com a ideologia poderá, adiante, provocar profundas decepções: a insensibilidade faz parte do jogo. A hipocrisia também: a imprensa neoliberal, por exemplo, defende o Estado mínimo, mas com ela debaixo dos guarda-chuvas da reserva de mercado e das isenções tributárias…
Se você é trabalhador (a), pense nisso, também, ao fazer opções políticas. Trabalhador que defende as correntes que comungam com o capitalismo selvagem, iludido pela mídia rentista, está semeando ventos. Adiante, colherá tempestades. Poderá lembrar, arrependido, que tratava seus semelhantes que não seguiam essa ideologia radical como pessoas de categoria inferior…